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Darwin o Pintor dos Palhaços

Darwin Silveira Pereira,  jornalista,  pintor e escultor, Paulistano (1915 – 1989 ) conhecido também como o pintor dos palhaços, tendo inclusive viajado com circos simplesmente para captar a alma e a essência dos seus modelos. Darwin viajou o Brasil e registrou em suas telas o nosso litoral  Angra dos Reis.   Navegou em suas  belezas,  pintando nossa cidade,  o casario colônia, os barcos  o mar e seus pescadores.

Como registro da sua passagem por aqui, existe no plenário da câmara municipal um painel de 1947, retratando o batismo do Cacique Cunhambebe. Como também existem, muitas pinturas pertencente a colecionadores angrenses.

Acrescento a isso o meu testemunho, pois tive a oportunidade de conviver com Darwin entre 1980 até sua morte em 1989, o que para me foi um aprendizado, mesmo tendo em vista minha pouca  idade,  isso não impediu que aquele senhor de rosto serrado e ao mesmo tempo brincalhão, fiel e honesto com seus trabalhos e seus amigos,  abrisse sua casa na avenida Ipiranga,  onde pude desfrutar da sua amizade,  junto a Yvone sua esposa,  que sempre nos acompanhava em longas conversas com chá e seus deliciosos biscoitos.




OS 30 VALÉRIOS

Há anos descobrimos que a primeira fotomontagem realizada no Brasil, assim como as primeiras produzidas na história da fotografia, foram feitas por um angrense chamado Valério Vieira (1862-1941), pintor, fotografo e pianista.

Na foto destacada ele se posiciona em trinta lugares diferentes, inclusive no busto e nos quadros da parede. A fotomontagem  se chama “Os 30 Valérios”, e com esse trabalho ele ganhou a medalha de prata no The Louisiana Purchase Exposition, em Saint Louis nos Estados Unidos, em 1904.

O mundo conheceu Valério Vieira e suas fotos, menos à cidade de Angra dos Reis, lugar onde ele nasceu. Portanto, ele suas fotos e mais 515 anos de história estão perdido por não termos um simples espaço para expor suas peças e guardar suas memorias.




VISITA Á ACADEMIA NACIONAL

 

Tarde agradável, dia 4 de setembro, quando fui apresentado a Academia Nacional de Letras e Artes do Rio de janeiro, pela poetisa e curadora de artes Daura Ramos, que após seu discurso, me passou a fala para uma breve apresentação e responder as perguntas dos demais presentes, sobre artes, técnicas, estilos. Finalmente, perguntado de onde vem a inspiração e criatividade, eu não pude deixar de mencionar nossa bela baia de Angra dos Reis e que para a minha alegria e satisfação, todos concordaram.